Poluição pode causar infertilidade masculina, diz pesquisa

Estudo foi feito com 900 homens em São Paulo.
Homens estão produzindo menos cromossomos com o gene masculino.


Uma pesquisa feita em São Paulo com 900 homens mostra que a poluição do ar pode causar infertilidade. Uma reação imunológica faz o organismo destruir os espermatozóides, como explica o urologista Jorge Hallak.

“Há uma reação imunológica dos agentes poluidores ambientais com o espermatozóide, ou seja, há uma reação onde o organismo identifica o espermatozóide como célula agressora e produz anticorpos contra o espermatozóide, que tem uma incapacidade de mobilidade progressiva e uma incapacidade de fertilização do óvulo”, diz Hallak.

A pesquisa mostrou ainda que, por causa da poluição, os homens estão produzindo menos cromossomos que carregam o gene masculino. Ou seja: hoje em dia nascem menos meninos.

Casais que não conseguem ter filhos e muitas vezes não sabem a causa disso devem procurar orientação de especialistas.Em Santo André, professores e alunos da Faculdade de Medicina do ABC prestam esses esclarecimentos.



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Qual a pegada de carbono de R$ 1?


Seu dinheiro pode produzir mais ou menos CO2. Tudo depende da maneira como você gasta

por Luiz Ferreira

É quase impossível gastar um tostão sem poluir. Qualquer coisa que você compre, a não ser que seja uma árvore, gera impacto ambiental negativo. Uma boa forma de se medir o quanto estamos colaborando com o aquecimento global é calcular a pegada de carbono, ou seja, a quantidade de CO2 que jogamos na atmosfera ao adquirir um produto. Fizemos as contas para comparar o quanto cada real, gasto de diferentes formas, polui o meio ambiente.

Visto dessa forma, reformar a casa ou fazer um churrasquinho são alguns dos investimentos mais cruéis para a natureza. Já instalar um sistema de energia solar e optar pelo metrô fazem seu dinheiro mais ecológico. Esse tipo de comparação requer alguns cuidados. Embora a quantidade de CO2 emitida de uma viagem pela ponte aérea Rio-São Paulo seja maior do que viajar de carro, como a gasolina é mais barata, o valor por real fica mais baixo na passagem aérea. Veja qual é o seu quinhão na poluição mundial.

Veja no gráfico quantos gramas de gás carbônico são produzidos a cada real que você gasta em diferentes produtos


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ONU alerta para "choque mortal" entre urbanização e mudança climática

Entidade divulga documento prevendo catástrofes naturais sem precedentes devido ao impacto das cidades sobre o meio ambiente


Entidade divulga documento prevendo catástrofes naturais sem precedentes devido ao impacto das cidades sobre o meio ambiente
A ONU advertiu nesta quinta-feira (12) que haverá um "choque mortal" entre a crescente urbanização do planeta e a mudança climática, e previu catástrofes naturais "sem precedentes" devido ao enorme impacto das cidades sobre o meio ambiente.



A análise consta do último relatório do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), apresentado nesta quinta-feira, que considera as cidades como "o verdadeiro campo de batalha" na luta contra a mudança climática, um fenômeno contra o qual a entidade têm de começar a tomar medidas "ativamente".

"As cidades não só são grandes causadoras da mudança climática, mas com densidades cada vez maiores, também serão as mais afetadas quando a natureza contra-atacar", disse o diretor-executivo da ONU-Habitat, Joan Clos, que apresentou o relatório na sede das Nações Unidas.

Clos lembrou perante a imprensa que 50% da população vive em zonas urbanas e que, nessas áreas, receberam um fluxo migratório "sem precedentes" proveniente das zonas rurais dos países em vias de desenvolvimento. "Temos um desafio enorme diante de nós. Precisamos encontrar e pactuar um novo modelo de crescimento baseado em energias renováveis e as cidades devem agir para transformar seus planos urbanísticos e de desenvolvimento", indicou o diretor-executivo.

O texto pede às cidades que ajam "imediatamente" e indica que, se não forem adotadas medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e fomentar "um desenvolvimento urbano mais justo e sustentável do ponto de vista ambiental", haverá "um choque mortal entre a urbanização e a mudança climática".

"As cidades, com sua crescente demanda de consumo e estilo de vida, agravam o ritmo da mudança climática e aumentam os riscos", aponta o relatório, que detalha que, embora as cidades ocupem apenas 2% da superfície terrestre, são responsáveis por 75% das emissões dos gases do efeito estufa.

O texto, intitulado "As cidades e a mudança climática: Relatório Mundial sobre os Assentamentos Humanos 2011", ressalta que, até 2050, a situação ambiental poderia provocar 200 milhões de refugiados, que buscarão "novas casas ou novos países para viver", devido ao transtorno que os desastres terão nas economias locais.

As cidades devem se preparar para "um ataque das poderosas forças da natureza: o aumento da temperatura dos oceanos, o degelo e o consequente aumento do nível do mar são uma ameaça para milhões de pessoas que vivem nas cidades litorâneas", alertam os autores do relatório.

"As marés tormentosas, cada vez mais frequentes, provocam cheias e danos materiais, inundações, erosão do litoral, maior salinidade e obstruções à drenagem das correntes de água", constata o relatório, que alerta para as graves repercussões no delta do Nilo, em cidades litorâneas em nível muito baixo, como Copenhague, e em comunidades insulares do Pacífico sul.

Nas cidades litorâneas do Norte da África, espera-se um aumento da temperatura de 1 a 2 graus centígrados, o que poderia fazer subir o nível do mar e expor entre 6 e 25 milhões de habitantes a enchentes. Além disso, o texto indica que, na América Latina, "entre 12 e 81 milhões de habitantes poderiam testemunhar maiores tensões relacionadas à água antes da década de 2020".

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Fontes renováveis podem suprir 80% da demanda de energia até 2050, diz IPCC

Um documento divulgado nesta segunda-feira pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), o órgão da ONU para as mudanças climáticas, indica que as tecnologias renováveis podem prover 80% das necessidades de energia do planeta até a metade do século 21.

No texto, um sumário do Relatório Especial sobre Fontes de Energia Renováveis e Mitigação da Mudança Climática (SRREN, sigla em inglês), o IPCC afirma que quase a metade dos investimentos atuais em geração de eletricidade já é voltada para as fontes renováveis.

No entanto, o Painel afirma que o crescimento disto depende da aplicação das políticas corretas.

'Com o apoio consistente de políticas climáticas e energéticas, as fontes renováveis de energia podem contribuir substancialmente para o bem-estar humano ao prover energia sustentavelmente e estabilizar o clima', disse Ottmar Edenhofer, copresidente do grupo de trabalho do IPCC que produziu o estudo.

'No entanto, o aumento substancial das (fontes) renováveis é tecnicamente e potencialmente muito desafiador', acrescentou.

Cenários

O IPCC analisou no relatório 164 cenários futuros de desenvolvimento energético. Aqueles nos quais se recorreu com mais força às fontes renováveis resultaram em um corte nas emissões de gases do efeito estufa de cerca de um terço até 2050, em comparação com as projeções ligadas a tecnologias convencionais.

Atualmente, as tecnologias renováveis suprem 12,9% da demanda global de energia. No entanto, a maior fonte, responsável por cerca de metade do total global, ainda é a queima de madeira para aquecimento e preparo de alimentos nos países em desenvolvimento.

Isto não é sempre verdadeiramente renovável, já que nem sempre são plantadas novas árvores para compensar as que são derrubadas.

A tecnologia que cresce mais rapidamente é a energia gerada por painéis solares conectados, que teve um aumento de 53% na capacidade instalada de 2009. No entanto, o IPCC indica que esta tecnologia continuará sendo uma das mais caras pelos próximos anos.

Das várias tecnologias disponíveis, a bioenergia é considerada a de maior potencial de crescimento em longo prazo, seguida pela energia solar e pela energia eólica.

No entanto, o IPCC afirma que os governos terão de acelerar suas políticas para estimular o investimento em fontes renováveis se quiser que esta indústria cresça substancialmente.

Saber se os governos farão isto ou não será um fator determinante para que as metas climáticas globais sejam atingidas, diz o relatório.

Energia de sobra

O estudo também conclui que há mais que o necessário para atingir as necessidades de energia atuais e futuras do planeta.

'O relatório claramente demonstra que as tecnologias renováveis podem suprir o mundo com mais energia do que ele pode vir a necessitar e a um custo altamente competitivo', disse Steve Sawyer, secretário-geral do Conselho Global de Energia Eólica.

'O relatório do IPCC será uma referência-chave tanto para autores de políticas públicas quanto para a indústria, pois representa a mais abrangente revisão de alto nível da energia renovável até agora', afirmou.

O IPCC é responsável por fornecer análises sobre assuntos climáticos para a comunidade internacional, e suas conclusões tem sido endossadas pelos governos.

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Dona de safári ilegal, fazendeira já chefiou ONG de meio ambiente

Vídeo mostra safári em busca de onça no Pantanal. Animal é perseguido, leva tiro na cabeça e, finalmente, é atacado por cachorros.


No Pantanal de Mato Grosso do Sul, onças e outros animais em extinção foram mortos por turistas brasileiros e estrangeiros. Cada um dos turistas pagava de US$ 30 mil (R$ 49 mil) a US$ 40 mil (R$ 64,8 mil) para praticar expedições de caça aos animais. Na ação desencadeada na noite de quinta-feira (5), a Polícia Federal descobriu que os caçadores se reuniam na fazenda Santa Sofia, localizada em Aquidauana (159 quilômetros de Campo Grande), de onde partiam os safáris. O lugar surpreendeu os policiais.



A dona da fazenda é a pecuarista Beatriz Rondon. Ela é ligada ao setor de proteção ambiental do Estado e presidiu a Sociedade para a Defesa do Pantanal, uma organização não governamental de defesa do meio ambiente. Além disso, ela conseguiu com que a fazenda fosse reconhecida como uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Nesta categoria, ela é obrigada a conservar a diversidade biológica da área e também é isenta de pagar alguns tributos. Antes disso, ela teve de provar que conserva a fazenda - o que também é objeto de investigação pela polícia.

“A caça às onças e a outros animais acontecia há aproximadamente 15 anos”, afirmou o delegado federal Alexandre do Nascimento, responsável pelo inquérito instaurado para cuidar do caso.

O Ibama multou Beatriz em R$ 105 mil. Ela teve dois agravantes: um deles, o fato de a fazenda ser uma unidade de conservação. O segundo, por se tratar de abate de animais silvestres para fins turísticos.

De acordo com o delegado, “a finalidade dos safáris era matar as onças pintadas. O couro é considerado o grande troféu dos caçadores. Mas nem sempre conseguiam abatê-la. Quando isso acontecia, os caçadores matavam outros animais por pura diversão”, afirma Alexandre.

As expedições

As expedições duravam cerca de uma semana e eram formadas por grupos de, geralmente, oito pessoas. A maioria era de turistas estrangeiros vindos dos Estados Unidos e da Europa. O anúncio dos safáris era feito via internet. O vídeo encaminhado por um americano à Polícia Federal funcionava como um convite à caçada.

Na filmagem, toda narrada em inglês, um grupo de turistas acompanhado pelo caçador de onças Antônio Teodoro Melo e por Beatriz vão em busca de uma onça parda no topo de uma árvore. Em seguida, eles atiram. O animal cai morto. Na sequência, eles cercam uma onça pintada. Depois de receber um tiro, ela cai e agoniza. Um caçador então efetua mais um disparo à queima-roupa, na cabeça do animal, que morre.

Foto: Divulgação/Polícia Federal

Carcaças de animais apreendidas pela Polícia Federal no Pantanal de Mato Grosso do Sul

Nessa cena, a proprietária da fazenda Santa Sofia aparece e fala para a câmera que “é uma fêmea muito linda, mas estava matando o meu gado”.

De acordo com o delegado, todas as pessoas que aparecem no vídeo podem responder por pelo menos quatro crimes: contra a fauna brasileira, posse de arma de uso restrito, formação de quadrilha e tráfico internacional de armamentos.

A caçada começou a ser desarticulada com a operação Jaguar 2. Na fazenda, os policiais federais encontraram e apreenderam 12 galhadas de cervo, dois crânios de onça, uma mandíbula de porco monteiro, uma pele de sucuri com 3,5 metros, cinco revólveres calibre 38, uma pistola 357 (de uso restrito), uma carabina, dois fuzis, 17 caixas de munições de diversos calibres, dois alforjes (bolsas usadas durante a caça) e dois tubos de turro, que quando soprados emitem um som para atrair onças.

“Não houve prisões, pois não foi feito flagrante. Todo o material apreendido está sendo periciado. Quando o trabalho for finalizado, iremos juntar todos os elementos e provas para, se for o caso, pedirmos a prisão dos envolvidos”, explicou o delegado.

Ele disse que ainda não ouviu Beatriz e que ela está em São Paulo. Segundo o delegado, o advogado da pecuarista, Renê Seufi, disse que sua cliente é inocente e que o que aparece nas imagens não passa de montagem. A reportagem entrou em contato com funcionários da pecuarista, mas ninguém retornou as ligações.

Foto: Divulgação/Polícia Federal

Pele de cobra e armas utilizadas pelos caçadores no Pantanal de Mato Grosso do Sul



Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br

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